Conforme o DSM-5, o TOC é caracterizado pela presença de obsessões e/ou compulsões. Obsessões são pensamentos, impulsos ou imagens recorrentes e persistentes que são vivenciados como intrusivos e indesejados, enquanto compulsões são comportamentos repetitivos ou atos mentais que um indivíduo se sente compelido a executar em resposta a uma obsessão ou de acordo com regras que devem ser aplicadas rigidamente.
Exemplos de obsessões concernentes
Dúvidas persistentes sobre ter trancado a porta ou desligado o fogão
Preocupação excessiva com simetria e ordem
Medo de contaminação
Pensamentos agressivos ou violentos involuntários
Exemplos de compulsões relativas
Lavar as mãos repetidamente
Verificar portas e eletrodomésticos várias vezes
Contar ou repetir palavras silenciosamente
Arrumar objetos de maneira específica e precisa
Causas e fatores de risco
As causas exatas do TOC ainda não são completamente conhecidas, mas se acredita que uma combinação de fatores genéticos, biológicos e ambientais contribua para o desenvolvimento do transtorno. Fatores de risco incluem: eventos traumáticos ou estressantes, anormalidades no cérebro, especialmente em áreas relacionadas com o comportamento repetitivo, etc.
Impacto no dia a dia
A produtividade no trabalho pode ser afetada, por exemplo, pela quantidade de tempo gasto em rituais compulsivos. É, ainda, um importante fator de risco para separações e divórcios, em razão dos constantes conflitos que os sintomas podem provocar. Por todos os motivos, é considerado um transtorno mental grave (CORDIOLI, 2014).
Transtornos relacionados incluem transtorno dismórfico corporal, transtorno de acumulação, tricotilomania (transtorno de arrancar o cabelo), transtorno de escoriação, transtorno induzido por substância/medicamento, transtorno não especificado (p. ex., transtorno de comportamento repetitivo focado no corpo, ciúme obsessivo), etc (AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION, 2014).
Tratamento do TOC
Em geral o TOC acomete os indivíduos de forma precoce e, se não tratado, tende a ser crônico. Os sintomas costumam acompanhar o indivíduo ao longo de toda a vida, tendem a apresentar flutuações em sua intensidade, ora aumentando ora diminuindo, mas, via de regra, raramente desaparecem por completo de forma espontânea (CORDIOLI, 2014).
O tratamento pode ajudar a controlar os sintomas e melhorar a qualidade de vida. As abordagens mais comuns incluem: terapia Cognitivo-Comportamental focada em expor gradualmente a pessoa às suas obsessões e ajudá-la a resistir às compulsões. E medicação.
Referencias bibliográficas
AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION. Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais: DSM-5 [Recurso eletrônico]. (5a ed.; M. I. C. Nascimento, Trad.). Porto Alegre, RS: Artmed, 2014.
CORDIOLI, ARISTIDES VOLPATO. TOC [recurso eletrônico]: manual de terapia cognitivo-comportamental para o transtorno obsessivo-compulsivo. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2014.